Bom, como é de costume, foi prosposto aos alunos do 1º período fazer um trabalho de intervenção na Escola de Arquitetura, dessa vez num local escolhido pelos professores, o LAGEAR. Esse semestre a proposta mudou um pouco, já que antes era um trabalho mais estético e o nosso foi bem mais arquitetônico.
Formados os grupos (do meu faziam parte a Ana Paula, Carla Castro, Hudson, Vitor e Maurity), inicialmente fizemos um levantamento das necessidades do laboratório e começamos, individualmente, a pensar soluções para tais problemas. Depois de muitas discussões, o grupo escolheu as três melhores idéias e representou em desenho e Sketchup para apresentar aos professores. Foram elas:
- Gavetas suspensas no teto, que auxiliariam na monitoria e organizaria a sala, utilizando um espaço antes deixado de lado;
- Puff feito de carcaças de Macs antigos, proporcionando uma maneira confortável de ler, além de reaproveitar materiais inutilizados e que ocupavam espaços;
- Estante de livros com um mecanismo de busca que faria o led acender na pratileira em que o livro se encontrava.
Das três idéias, a que chamou mais a atenção dos professores foi a terceira, por isso começamos logo a trabalha-la. A sala do LAGEAR na qual iriamos intervir era a terceira. Nela ficavam alguns computadores utilizados por alunos de mestrado (alem de outros que não estavam em uso), experimentos e livros. Era uma sala bem desorganizada.
Inicialmente estavamos muito presos a estante propriamente dita. Preocupavamos apenas em catalogar os livros, utilizando o programa Delicious Library (que baixava os dados do livro diretamente da internet, pelo site Amazon, através do código de barras do mesmo, utilizando visão computacional). Dessa forma, nossa maior dificuldade foi espacialização, tema que foi constantemente cobrado pelos professores. Essa dificuldade deveu-se, também, ao fato de que, inicialmente, não trabalhariamos sozinhos, haveria um outro grupo na sala, que tinha idéia de criar um espaço de convivência no local.
Depois de vencida as primeiras dificuldades, começamos a levantar todos os problemas daquele ambiente e a propor novas soluções, tentanto levar sempre no limite, como era dito o tempo todo pelo Cabral.
Para resolver o problema das revistas, que ficavam empilhadas, de maineira que ninguem se interessava em ler, decidimos criar uma parede cheia de revistas. Para isso, utilizamos cabos de aço e neles penduramos as mesmas.
Outro problema era a janela. Por ser muito baixa em relação ao nível da rua, qualquer um que passasse do lado de fora poderia ver o lado de dentro, o que era ruim tanto no aspecto privacidade quanto no aspecto material, já que na sala havia vários obejtos de valor, que poderia despertar cobiça nos pedestres. Para soluciona-lo, inicialmente pensamos em tecidos que cairiam na janela, formando uma espécie de cortina, mas interativa. Logo espacializamos ao maximo essa idéia: espalhamos tecido por todo o teto, sendo estes presos em cordas de varal e jacarezinhos. Estas cordas estavam colocadas em roldanas e por isso havia possibilidade de mover os tecidos à altura desejada. Para amarrar as cordas, na parede, logo abaixo da janela, colocamos cerca de 100 pregos. O efeito mais legal do pano, foi o conforto luminoso que ele trouxe ao ambiente, além de ter ficado esteticamente muito bonito.
Pensando em criar um espaço aconchegante de leitura, colocamos na sala um grande puff com almofadas. O único problema do puff era quanto a sua localização, pois, inicialmente, a sala parecia pequena para acomodar tanta coisa, apesar de realmente não ser. O espaço de trabalho como um todo também foi rearranjado.
Finalmente cheguei na parte mais importante do nosso trabalho: as estantes! No inicio, tinhamos apenas 3 estantes disponiveis, então todo nosso trabalho foi feito em cima delas. Primeiro, pintamos de branco, depois furamos os buracos dos leds e depois organizamos os livros por temas e os dispomos de forma a chamar mais atenção do que em uma biblioteca comum. A parte mais dificil foi a técnica, a qual tivemos ajuda do professora Cassiano, que criou a interface e o mecanismo de busca (que por sinal, ficou otimo). Coube a nós catalogar os livros, localiza-los dentro do programa em sua devida estante, e montar o circuito. Tivemos um certo trabalho, pois, na hora de embutir o circuito na estante, ele não funcionava.
Bom, amei fazer esse trabalho e tenho certeza que aprendi e cresci muito. Foi uma experiência que eu jamais esperava ter ainda no 1º período!